"Com a mente saturada de plenos e claros conhecimentos a cerca da verdadeira natureza do Espírito; sendo perseverante no governo da mente; tendo abandonado toda aliança com objetos sensórios e estando livre de influências do apego e do ódio; sendo frugal na dieta e com a palavra, o corpo e a mente educados na obediência, sente-se ele num lugar solitário e pratique sempre a Meditação, cultivando o desapaixonamento. Finalmente, banido de si, o egoísmo, a resistência, o orgulho, o desejo, o rancor e o senso de posse, alcançará ele aquela Paz que o capacitará a unificar-se com Deus". (Bhagavad Gita, XVIII-51-52-53).
A posição correta para meditar é aquela em que o praticante senta-se comodamente durante o tempo que quiser, com a coluna ereta, sem exageros, o que facilita a estabilização da mente. Esta se inquieta ainda mais, quando o corpo se inquieta. Prefira um canto reservado, onde você possa ficar sem interrupções. O melhor momento é às primeiras horas da manhã, entre 4 e 6 horas, quando é menor a contaminação psíquica do meio ambiente, disciplina nem sempre possível em face dos afazeres e do cansaço diários. Faça, então, o seu próprio horário, em qualquer pedaço do dia. Regularidade é fundamental. Sente-se numa superfície firme, forrada com alguma manta ou coberta, ou utilize uma almofada igualmente firme.
Deixe que a respiração aconteça, simplesmente flua, sem ser provocada ou desejada; que seja normal e espontânea, sem quebra do ritmo natural. Dirija a atenção para o interior das narinas e assim permaneça, percebendo a respiração, sem interferir, sem modificar o seu ritmo. Todas as vezes que houver distração – e serão muitas! – bastará trazer a atenção de volta, para o simples registro da passagem do ar.
Não lute nem se contrarie com as dispersões da mente, que poderão ocorrer em maior ou menor número a cada dia de prática. Procure meditar pelo menos 20 minutos diários. Aumente o período gradativamente. E o estado de harmonia, de serenidade, de profunda lucidez e branda euforia passará a se prolongar cada vez mais. É apenas o começo de se descobrir Divino.
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