........................................
Seja sempre o Bem vindo

YOGA’S CITTA VRTI-NIRODHAH

Yoga é a inibição das modificações da mente
(Patânjali –Sec. II ou IV DC )

Somos seres espirituais. Cada um de nós, em Essência, é um Ente Divino. Nossas potencialidades são infinitas. Descobri-las é um feito fantástico. Dinamizá-las e manifestá-las é nosso maior desafio (além de ser um direito exclusivamente nosso). Ao aceitá-lo, assinamos um pacto com a Vida, renunciamos ao espectro da morte, abandonamos a perspectiva de uma existência humanamente frágil, enriquecemos nossa habilidade de viver e nos tornamos efetivamente capazes de ajudar o mundo a ser melhor.

Eis o objetivo, tão pura e simplesmente, do Yoga. Sem subterfúgios, sem tolas discussões sobre formas, acentuações gráficas e outras meras modalidades mercadológicas. Yoga é para ser praticado sempre sem perder de vista o desabrochar do Divino, a superação da egolatria, a vitória final sobre as sombras da ignorância fundamental. Superada esta é que ocorrerá o Grande Despertar e, finalmente, a Porta do Sol irá se abrir.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Quem Sou Eu ? (3)

Tudo aquilo que pensamos, falamos e fazemos é resultado de uma conceituação construida pelo intelecto, pela mente. O Yoga nos leva a transcender a mente, sem o que, torna-se impossível alcançar a Realidade Suprema, que,segundo os antigos Sábios da India, é transconceitual (nirvikalpa), não-qualificada (nirguna) e sem forma (arûpa). De acordo com esses ensinamentos, nossas conceituações não possuem "essência", ou seja, não têm realidade independente. Eis a razão do que os Yogues chamam de "ignorância fundamental", que pode ser resumida na auto-indagação "Quem sou eu?". 
Observem como é esclarecedor esse texto de Georg Feuerstein, conceituado pesquisador, fundador e presidente do Yoga Research and Education Center, na Califórnia, autor, entre outras obras pertinentes, do best seller "A Tradição do Yoga". Diz ele: "Todas as coisas que vêm a ser dependem de determinadas causas e condições ou daquilo que na moderna ecologia se chama de "teia da vida" ou "interligação". Quando pensamos numa estrela, por exemplo, temos de admitir que ela não é uma coisa estável, mas um processo muito complexo e de duração limitada. O  mesmo vale para nosso corpo, nossa mente e todas as coisas concebíveis. (O grifo é nosso). Porém, para nos orientar nesse mundo de aparências, temos de construir "artificialmente" um cosmo habitado por coisas estáveis, como que dotadas de uma existência intrínseca. O problema é que começamos a levar essas coisas muito a sério - entre elas o nosso corpo e a mente - e começamos a reagir a elas, desejando-as ou rejeitando-as. No caso do corpo, chegamos ao ponto de nos identificar com ele e por causa disso sofremos consequências negativas de todo tipo, especialmente o medo da morte". (Continua...)