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Seja sempre o Bem vindo

YOGA’S CITTA VRTI-NIRODHAH

Yoga é a inibição das modificações da mente
(Patânjali –Sec. II ou IV DC )

Somos seres espirituais. Cada um de nós, em Essência, é um Ente Divino. Nossas potencialidades são infinitas. Descobri-las é um feito fantástico. Dinamizá-las e manifestá-las é nosso maior desafio (além de ser um direito exclusivamente nosso). Ao aceitá-lo, assinamos um pacto com a Vida, renunciamos ao espectro da morte, abandonamos a perspectiva de uma existência humanamente frágil, enriquecemos nossa habilidade de viver e nos tornamos efetivamente capazes de ajudar o mundo a ser melhor.

Eis o objetivo, tão pura e simplesmente, do Yoga. Sem subterfúgios, sem tolas discussões sobre formas, acentuações gráficas e outras meras modalidades mercadológicas. Yoga é para ser praticado sempre sem perder de vista o desabrochar do Divino, a superação da egolatria, a vitória final sobre as sombras da ignorância fundamental. Superada esta é que ocorrerá o Grande Despertar e, finalmente, a Porta do Sol irá se abrir.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Falsa Identidade

É no horizonte da nossa cultura de superfície que procuramos encontrar a felicidade, confundindo-a com o prazer proporcionado por qualquer conquista, quer seja a mais simples - como a aquisição de um bem - ou a mais complexa, como o poder de influenciar uma nação.
Com o Yoga aprendemos que a verdadeira felicidade é aquela que não se esgota em algum momento, que não depende de status social, de ocasiões, de coisas ou pessoas, de lugares ou situações. O prazer é fugidio, capaz de perdurar alguns segundos, ou duradouro, fadado a uma idade secular - em ambos os casos, finito.
A verdadeira felicidade é imutável. Deve estar onde o indivíduo estiver. A verdadeira felicidade é o estado perene da Consciência desperta, onde prevalece a comunhão com o Divino, fluindo sem os bloqueios, os obstáculos criados e alimentados, em nós, pela identidade que insistimos em defender e estimular, através dos valores exclusivos da cultura horizontal, de superfície. Uma falsa identidade.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Luz e Amor (2)

Uma das formas de identificar Deus, no idioma sânscrito, é a palavra Hari, que também pode ser traduzida por atraente. A cada momento somos submetidos a infindáveis atrações, que se sucedem num constante ir e vir, em sucessivas e intermináveis ondas, o que dá ao ser humano inconsciente da sua verdadeira condição - a condição essencialmente divina - o papel de mero joguete.
Agimos assim, semelhantemente a crianças, incapazes de resistir à atração de cada novo brinquedo. Por um tempo indefinido permaneceremos em busca do imediato e sujeito às suas ciladas, sem darmo-nos conta da mansa e amorosa atração de Deus.
Enquanto sujeitos a essas ilusões, enquanto não ocorrerem as libertadoras des-ilusões, continuaremos incapazes de desmascarar o esbulho das aparências, por trás das quais, no entanto, jamais deixa de brilhar a luz da atração divina. Deus é o todo atraente. É impossível resistir-Lhe ao chamado, porque há de chegar o dia em que a surdez do egoísmo cessará. É impossível resistir-Lhe à Luz, porque haveremos de nos cansar de conviver com a penumbra.
É essa mesma penumbra que nos impede de perceber a paz, onde se estabeleceu o conflito. É a mesma que nos leva à supervalorização da ação criminosa e à convicção da falsa vitória do corrupto.
É a plena confiança em Deus que nos estimula a esperança. E é a certeza de que o brilho divino apenas adormece no coração do facínora, que nos faz melhor entender o significado das palavras do Cristo, em relação aos impiedosos adversários: "Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem!"

sábado, 22 de agosto de 2009

Luz e Amor (1)

"Se Deus brilha, tudo brilha. É por sua Luz que brilham todas as coisas". A lembrança desse antigo raciocínio tecido pelos Mestres do Bhakti Yoga - o Yoga da Devoção - é de permanente utilidade para os seres humanos carentes de Deus em suas vidas.
Sabe-se que tal carência é maior ou menor, para uns e outros, mas a lição contida nesse ensinamento pode favorecer a todos, e em qualquer época, indistintamente.
A Luz Divina é Amor e o amor é a essência de tudo. Nada há que possamos fazer desprovido de amor - impulso de cada pensamento, de cada ação, de cada emoção. Quer seja a atitude mais altruísta ou o comportamento mais vergonhosamente egoísta, nada escapa ao princípio divino do amor. A dificuldade consiste em aprender a dirigir esse impulso. Todo veneno é remédio, e todo remédio pode ser transformado em veneno, dependendo do adequado uso. Individualizar o impulso divino do amor, restringindo-o, limitando-o ao cárcere humilhante do comportamento egoísta, é o que o descaracteriza, é o que ergue obstáculos à Luz. De Swami Vivekananda, Mestre do Bhakti Yoga, é a lição seguinte: "É o mesmo sentimento de amor, bem ou mal dirigido, que impulsiona um homem a fazer o bem e tudo dar aos pobres, enquanto que a outro homem faz-lhe cortar o pescoço de seu semelhante e apoderar-se de seus bens. O primeiro ama o próximo, tanto quanto o segundo a si mesmo. Enquanto no primeiro caso a direção do amor é reta e adequada, no segundo é má. O mesmo fogo que aquece nosso alimento pode também queimar uma criança. Se tal acontece, não é por culpa do fogo. A diferença reside na maneira em que este é utilizado. Também o amor, esse intenso desejo de união, o poderoso impulso dos seres que não querem senão ser um, e que poderá ser depois o desejo de todos se tornarem um, manifesta-se em todas as partes, sob formas mais ou menos elevadas, segundo os casos".
São Paulo, em uma de suas mensagens aos Coríntios, assim refere-se à importância do amor: "Se eu desse aos pobres tudo quanto tenho e fosse queimado vivo por pregar o Evangelho, e contudo não tivesse amor, isso não teria valor algum. O amor é muito paciente e bondoso, nunca é invejoso ou ciumento, nunca é presunçoso nem orgulhoso. Nunca é arrogante, nem egoísta, nem tampouco rude. O amor não exige que se faça o que ele quer" (...) "Todos os poderes especiais terminarão um dia. Porém o amor continuará para sempre". (Cor. 13/3-8).


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Prece do Yoguin

Senhor, estou aqui para adorar-Te em todas as imagens; nos santos de todas as religiões; em catedrais, sinagogas, capelas, mosteiros, mesquitas, terreiros; em ladainhas, terços, mantras, pujas, missas, rituais e oficios; em todos os altares; nas florestas, nas praias, nas ruas, nas casas, nas estradas, nos corações, em sorrisos e lágrimas, em todos, em tudo...
Vem ajudar-me, dando pureza, infinito, eternidade e universalidade a meu amor.
Eis-me aqui Senhor Jesus, Senhor Buddha, Matreya, Senhor Krishna, Maria de Nazaré, Ramakrishna, Mahoma, São Francisco, Baha U'lah, Inayat Khan, Sankara, Ramanuja, Ramana, Santa Teresa...
Eis-me aqui todos os Avataras, Rishis, Siddhas, Gurus, Mahatmas, Hierarcas, Santos conhecidos e desconhecidos...
Quero aprender o Amor que liberta.
Aqui estou, Senhor Supremo, para que me ajudes a vencer a frustradora ignorância; a afastar ilusões, enganos e encantos; a afastar-me dos opostos obsedantes; a retirar a venda de meus olhos... Já não me satisfaz o vulgar conhecer intelectual.
Quero agora vivenciar a Verdade que liberta.
Eis-me aqui, Senhor, como instrumento impessoal. Querendo apenas servir. Lança mão de mim em teu divino agir.
Quero aprender a empreender o Agir que liberta.
Faz da minha mente, meu Deus, o Teu sacrário.
Que Tua Paz a domine. Que Tua Luz a ilumine.
Diviniza, Senhor, minha mente.
Eis-me Senhor.
Tu és eu. Eu sou Tu.
(Do livro "Yoga Caminho para Deus", do Prof. Hermógenes)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Detalhes Secundários

"Toda alma é potencialmente divina. O objetivo é manifestar essa divindade interior, controlando-se a natureza interna e externa. Façamo-lo pelo trabalho, pela adoração, pelo controle psíquico, pela filosofia, por um só meio, por mais de um ou por todos, e tornemo-nos livres. Eis toda a Religião. As doutrinas, os dogmas, os rituais, os templos e as formas, são detalhes secundários". Swami Vivekananda (1863/1902).