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Seja sempre o Bem vindo

YOGA’S CITTA VRTI-NIRODHAH

Yoga é a inibição das modificações da mente
(Patânjali –Sec. II ou IV DC )

Somos seres espirituais. Cada um de nós, em Essência, é um Ente Divino. Nossas potencialidades são infinitas. Descobri-las é um feito fantástico. Dinamizá-las e manifestá-las é nosso maior desafio (além de ser um direito exclusivamente nosso). Ao aceitá-lo, assinamos um pacto com a Vida, renunciamos ao espectro da morte, abandonamos a perspectiva de uma existência humanamente frágil, enriquecemos nossa habilidade de viver e nos tornamos efetivamente capazes de ajudar o mundo a ser melhor.

Eis o objetivo, tão pura e simplesmente, do Yoga. Sem subterfúgios, sem tolas discussões sobre formas, acentuações gráficas e outras meras modalidades mercadológicas. Yoga é para ser praticado sempre sem perder de vista o desabrochar do Divino, a superação da egolatria, a vitória final sobre as sombras da ignorância fundamental. Superada esta é que ocorrerá o Grande Despertar e, finalmente, a Porta do Sol irá se abrir.

domingo, 24 de julho de 2011

Mesa de Trabalho

Há uma desordem geral sobre a mesa de trabalho.Nas gavetas, papéis também se amontoam. Alguns jornais, correspondência, cartões de visita, anotações mil a espera do registro eletrônico. Em meio a esse caos, fica difícil localizar as coisas mais simples, de uso mais constante e necessário. A melhor esferográfica, o pequeno grampeador, a caixinha de clips, aqueles indispensáveis envelopes timbrados - tudo parece ter simplesmente se desintegrado. Mas, como, se ainda outro dia estavam aqui?...
Nessas condições, a impressão que temos é de uma certa impotência pessoal, uma incapacidade de agir, de produzir, de buscar inspiração. É como se a mesma desorganização de papéis e objetos nos invadisse, literalmente, transformando-nos em seres caricaturados por um traço surreal. Nunca imaginei que uma canetinha azul fosse tão importante, fizesse tanta falta...
É comum nos defrontarmos com situações semelhantes em nossa vida. Os seres humanos, regra geral, vivemos assim, perturbados pela desordem dos pensamentos, impossibilitados de vislumbrar a luz, imersos que estamos na penumbra de temores e horrores, apegos e aversões, do fugidio prazer, da inevitável, indescritível e intransferível dor. É o nó na garganta, o suor frio, o corpo trêmulo, o coração descompassado, a sensação de vazio. É a impossibilidade de praticar os atos mais corriqueiros, como ser cordial com os demais, ou os mais essenciais, como conciliar o sono no momento propício.
Voltando à mesa de trabalho: aos poucos, as coisas vão sendo reincorporadas aos seus devidos lugares. Seleciona-se os cartões de visita, arquivam-se anotações, rasga-se uma  montanha de papéis, limpa-se as gavetas.Remove-se, enfim, o confuso entulho de inutilidades. E surgem os simples, úteis, indispensáveis instrumentos de oficio, que se imaginava irremediavelmente perdidos.
A acomodação de cada coisa em seu respectivo lugar nos devolve segurança para a atividade, nos envolve numa atmosfera de alegria infantil, recupera em nós a capacidade de ser e de realizar.
Superar atribulações, administrar dificuldades, enfrentar os embates comuns à trajetória humana exigem organização e reorganização permanentes de nossa "mesa de trabalho". Sem interesse e disciplina, sem coragem para se desfazer do supérfluo - tantas vezes disfarçado em imprescindíveis atributos intelectuais - será cada vez mais difícil ter acesso à simplicidade da Essência, à sempre renovada força do Universal em cada um, aos fundamentais e inesgotáveis recursos inspiradores e, efetivamente, transformadores do Espírito.

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